Núcleo de Relações Institucionais da CNA debate liderança rural e pautas prioritárias no Legislativo

Brasília (03/07/2025) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou, nesta quinta-feira (3), a 4ª Reunião do Núcleo de Relações Institucionais de 2025.
O encontro reuniu representantes da CNA e das federações de agricultura e pecuária para debater as principais pautas de interesse do setor agropecuário em tramitação no Congresso Nacional.
Entre os destaques da reunião, o superintendente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Claudinei Rigonatto, apresentou o programa “Formação de Liderança”, desenvolvido pela FAEG.
O projeto visa capacitar lideranças sindicais para atuar com mais preparo e impacto em seus territórios, por meio do autoconhecimento, da comunicação eficaz, da gestão de conflitos e da formulação de estratégias de desenvolvimento.
“O objetivo é preparar dirigentes que tenham clareza de seu papel transformador e que saibam liderar com inteligência emocional, diálogo e visão estratégica. O programa oferece ferramentas para que esses líderes construam instituições mais fortes e conectadas com a base”, explicou Rigonatto.
Após a apresentação, a chefe da Assessoria de Relações Institucionais da CNA, Mírian Vaz, destacou a importância de investir na formação de pessoas. “Esse trabalho deixa um legado. Ao formar lideranças bem preparadas, estamos contribuindo não só para o fortalecimento do agro, mas para toda a sociedade”, afirmou.
O consultor da CNA, Rodrigo Justus, apresentou os desafios enfrentados pelo setor com a ausência de um marco legal para modernizar o licenciamento ambiental, o que gera insegurança jurídica e entraves ao desenvolvimento.
Entre os principais problemas, explicou, estão a demora excessiva na análise dos processos, a atuação sobreposta de órgãos intervenientes e a falta de prazos conclusivos, além dos elevados custos operacionais e de transação impostos aos produtores.
“O produtor rural brasileiro já cumpre rigorosamente as legislações ambientais mais exigentes do mundo, como o Código Florestal. A exigência de mais uma licença se torna um ato cartorial que, muitas vezes, nem os próprios órgãos licenciadores estão em condição de operacionalizar por falta de estrutura e pessoal”, explicou Justus.
Ele defendeu a aprovação de um marco legal claro e eficiente que permita segurança jurídica e viabilidade produtiva para quem trabalha no campo.
Ainda na reunião, Miriam abordou a conjuntura política do Congresso Nacional e como ela impacta nas pautas do agro. Ela mencionou temas como faixa de fronteira, seguro rural, contrato safrista e o grupo de trabalho do Imposto de Renda.
“É essencial acompanhar de perto o movimento político e atuar com estratégia para garantir que as pautas do agro avancem e estejam alinhadas às prioridades nacionais”, reforçou.